Um mundo real no virtual | Metaverso

Quando o Facebook anunciou em 2021 a meta de se tornar uma “empresa de Metaverso” em até cinco anos, o termo ficou em alta, mas também gerou muitas dúvidas sobre um conceito ainda desconhecido pelo público em geral.

Isso não significa, porém, que o Metaverso está distante do dia a dia das pessoas. Pelo contrário, diversos projetos e produtos já empregam isso.

Metaverso é a revolução da vez. O mundo paralelo, que une realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR), tem movimentado o cenário financeiro e despertado o interesse de muitos investidores.

Ele deve ser entendido como uma vivência em um espaço virtual, só que com influências reais nesse ecossistema. 

Você sabia que o metaverso vai ser um dos principais geradores de emprego e de renda da próxima década? Grandes empresas como Facebook, Microsoft e Nike estão embarcando nessa tecnologia e investindo pesado para que esse ambiente esteja presente na realidade dos seus usuários.

O que é o Metaverso?

O Metaverso é uma proposta de integração do mundo real com o mundo virtual, onde seres humanos interagem por meio de avatares digitais e participam de uma nova realidade em que será possível trabalhar, estudar e negociar, tudo feito virtualmente. 

Esse mundo está sendo criado com tecnologias que já são bem conhecidas em nosso meio como as redes sociais, as criptomoedas, a realidade virtual, a realidade aumentada, os games, hologramas entre outras e por tecnologias que serão incrementadas ou criadas futuramente.

O conceito de Metaverso não é necessariamente novo, foi criado em 1992 por Neal Stephenson em seu livro “Snow Crash” para fazer alusão a um mundo virtual, em terceira dimensão, habitado por avatares que interagem entre si.

É preciso lembrar que tudo o que é projetado pensando no Metaverso ainda são projeções, especulações, pois a implementação desse ambiente virtual ainda se encontra em fase inicial. 

Empresas, profissionais e o Metaverso

Como dito anteriormente, grandes empresas estão investindo para a consolidação do Metaverso. 

É esperado que muitas oportunidades profissionais venham a surgir. Por isso, algumas áreas serão fortemente demandadas para participar da construção desse ambiente. Profissões como design de som e imagem, programação, animação, social media serão muito requisitadas. 

Também existe a expectativa de que cursos possam ser criados para capacitar novos profissionais a atuarem na área.

O recente caso do grupo Facebook, que alterou o nome para Meta, deu espaço para pautas sobre o Metaverso, mas outras empresas, igualmente grandes, também têm se posicionado sobre estar participando dessa realidade virtual.

A Microsoft é uma dessas empresas e criou uma plataforma chamada Mesh para que reuniões em ambiente virtual possam ser realizadas por meio de hologramas e avatares 3D.

A Nike, em parceria com o jogo Roblox, criou a Nikeland, um espaço virtual inserido dentro do jogo. E outro jogo, dessa vez o Fortnite, apresentou um show da cantora Ariana Grande totalmente virtual. Para participar, os usuários deveriam apenas logar na plataforma e se dirigir ao local digital em que o show acontecia.

Possíveis problemas do Metaverso

Essa junção de mundo real com o mundo virtual proposta pelo Metaverso preocupa alguns especialistas que já debatem sobre possíveis problemas a serem enfrentados, tais como:

Ambiente centralizado

Há uma ideia inicial de que o mundo virtual do Metaverso seja descentralizado e acessível a todos, contudo é difícil que isso de fato ocorra visto que a entrada das grandes empresas nos ambientes sugere que elas disputarão pelo controle do espaço e irão ditar as regras do ambiente.

Perda da privacidade

Por causa da premissa da centralização de dados, existe o temor de que as empresas possam se aproveitar para colher ainda mais informações sobre usuários – notadamente sobre hábitos, serviços e produtos que consomem – que ficarão conectados por longos períodos no Metaverso e fornecendo uma gama imensurável de informações acerca de si próprios.

Usuários viciados

Outra preocupação é que o tipo de tecnologia propiciada pelo Metaverso cause dependência nos usuários ou que adoeça mentalmente as pessoas, fazendo com que elas tenham dificuldades para distinguir entre a realidade e o virtual, ou que, até mesmo, deixem de se relacionar fora do mundo virtual.

Metaverso: uma nova forma de conexão social

A tecnologia tem buscado construir novas ferramentas para transportar o ser humano para o ambiente digital e permitir que suas experiências sejam cada vez mais imersivas e amparadas na interação e na realidade.

É justamente nesse contexto em que o Metaverso está inserido para recriar no virtual as experiências vividas no real. Não se trata necessariamente de uma novidade, nem de ficção científica, mas de uma combinação e adequação de meios tecnológicos existentes para conectar pessoas. 

Novas oportunidades serão permitidas por meio do Metaverso, novas experiências poderão ser vivenciadas e usuários e marcas terão mais um espaço para contar sobre suas histórias.

Se o Metaverso será uma ferramenta de sucesso, só o tempo será capaz de dizer, mas é possível afirmar que as relações serão diretamente impactadas e que a sociedade deverá aprender a estar nesse meio de realidade imersiva e virtual.

E você, como acredita que será o Metaverso? Deixe sua opinião nos comentários deste texto.

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